Rhavi de Azevedo Bastos, um simpático paciente pediátrico de 1 ano e 11 meses, que mora no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) desde que tinha 55 dias de vida, passou por um ritual muito importante para a sua família: o batizado. A mãe de Rhavi, Jéssica de Azevedo Bastos, se considera uma pessoa cristã e diz ter muita fé em Deus. “Acredito que a maior comemoração da vida é quando tu comemora um milagre, uma vitória, uma benção. Antes eu ouvia falar de milagres, hoje eu vivo um milagre todos os dias”. O evento foi realizado pela equipe médica, de enfermagem e técnica que atende Rhavi. A celebração foi realizada pelo padre da capela do Hospital de Clínicas. 

Jéssica teve uma gravidez de alto risco e ficou internada por dois meses em outro hospital da capital, na tentativa de prolongar a gestação o máximo possível. Rhavi acabou nascendo extremamente prematuro, de 29 semanas. “Eu rezava todos os dias para conseguir uma transferência para cá, pois sabia que aqui ele teria um melhor atendimento”. Em menos de dois meses, ele chegou na UTI pediátrica do HCPA.

Rhavi não tem a musculatura do estômago e do intestino, o que o impede de conseguir se alimentar, e o mais preocupante do seu tratamento é que ele não consegue se adequar a uma sonda tradicional. A equipe médica investigou  e encontraram um equipamento no exterior que consegue atender a demanda do bebê. “Um dos dias mais felizes da minha vida foi quando essa sonda chegou!”, lembra Jéssica.

No primeiro aniversário de Rhavi, Jéssica comprou um bolo grande e o dedicou à equipe da UTI pediátrica que cuidava de Rhavi na época. Ela se emociona ao afirmar que as pessoas do hospital são parte fundamental na criação do seu filho. “Minha família vem visitar, mas quem está me ajudando a criá-lo são as mães que passam por aqui, os médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos e o pessoal da limpeza, que ele adora!”