A atuação de psicólogos junto a profissionais, pacientes e familiares foi destaque da programação da 2ª Jornada de Psicologia Hospitalar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que aconteceu nos dias 20 e 21 de outubro. Abordando desde a avaliação neuropsicológica, até estratégias de educação em saúde, o evento buscou debater as principais situações que acontecem no ambiente hospitalar. “Temos uma instituição com uma realidade complexa: tanto em sua assistência, como nas necessidades humanas. É imprescindível a atuação de profissionais para intervenções psicológicas altamente efetivas”, afirmou a psicóloga e coordenadora do evento, Tatiana Prade Hemesath, na abertura da Jornada.
“O hospital é um ambiente diferente. Combina vida e morte, dor e sofrimento. Como o psicólogo pode ter esse olhar ao outro e acolhê-lo?”. O questionamento, feito pela conselheira do Conselho Regional de Psicologia, Elizangela Zanelatto, foi o fio condutor do evento, que contou também com a presença da psicóloga Márcia Aparecida de Abreu Fonseca, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. “No ambiente hospitalar, estamos o tempo todo tendo que gerenciar demandas que interferem no psíquico. O psicólogo precisa estar atento aos colegas de equipe, aos pacientes e seus familiares, mas também precisa cuidar de si mesmo”, disse. De acordo com a profissional, além das expectativas da equipe, o psicólogo precisa lidar com as expectativas da direção do hospital e também do governo. Márcia falou ainda sobre pesquisa e como é possível desenvolvê-la na rotina assistencial, bem como estratégias de educação em saúde para ampliar a segurança do paciente.
Participaram da abertura, além de Tatiana e Elizangela, o vice-presidente médico do HCPA, professor Milton Berger; e a chefe do Serviço de Psicologia do HCPA, Márcia Ziebell Ramos.