Com o objetivo de refletir sobre a jornada do paciente em transplante no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e propor melhorias, por meio da integração entre as equipes, da troca de experiências e da discussão de boas práticas, foi realizado o Fórum Multidisciplinar da Linha de Cuidado em Transplante nesta sexta-feira (26). Após a abertura do evento, que contou com a presença de todos os integrantes da diretoria executiva, os participantes foram divididos em seis eixos para definir o que deve cessar, continuar e começar. A partir do exposto nas oficinas, foram definidos planos de ação.
A diretora de Enfermagem, professora Eneida Rejane Rabelo da Silva, afirmou que a diretoria está disponível a apoiar os grupos a alavancarem as propostas definidas. “Cada fórum é um aprendizado e a gente consegue avançar cada vez mais nas necessidades enquanto instituição”, disse. A mesma ideia foi compartilhada pelo diretor médico, professor Luís Eduardo Rohde, que ressaltou: “o fórum não pode acabar em si mesmo. A gente tem que sair com um documento elencando exatamente o que queremos alcançar”.
A jornada desse paciente perpassa diversos serviços, unidades, profissionais e formações, por isso o encontro reuniu representantes das diversas áreas que atuam na assistência desse público. Na sua fala, o diretor-presidente, professor Brasil Silva Neto, destacou a importância da pluralidade dos participantes. “Este é um grupo que vai além da assistência direta ao paciente, o que conversa com valores institucionais, como a colaboração ágil e a integração entre os times. Acreditamos que é essa integração que pode nos dar as melhores oportunidades de ser mais eficientes e melhorar a operação, a qualidade e a assistência”, frisou.
O chefe do Serviço de Transplantes de Órgãos Sólidos, professor Roberto Manfro, apresentou a trajetória da área, como o primeiro transplante de rim realizado no Clínicas, em 18 de julho de 1977, e que em breve deve chegar à marca dos 3 mil efetivados. O número total de transplantes até o momento é de 10.955, englobando rim, medula óssea, fígado adulto e infantil, coração, córnea e pulmão. “O que queremos hoje é qualificar as inserções de pacientes para serem cada vez melhores, mais eficientes e resolutivas”, concluiu Manfro.
Veja outros números do Serviço de Transplantes no período de setembro de 2024 e agosto de 2025:
- 4.015 pacientes em seguimento ambulatorial em pós-operatório
- 16.855 consultas médicas pós-transplante
- 766 pacientes do HCPA em lista de espera