Nesta terça-feira, o Grupo de Apoio ao Familiares (GAF) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre proporcionou um encontro com música para mães e pacientes da ala pediátrica. O ex-vocalista da banda Tchê Barbaridade, Marcelo Kichalowski, junto com seu irmão, o gaiteiro Marcos Eurico Kichalowski, embalaram a tarde com clássicos da banda como “Moça Fandangueira” e “É Sábado o Dia”.

Para quem precisa estar dentro de um hospital, acompanhando um paciente por longos períodos, é necessário um tempo para conseguir olhar para si e suas necessidades. “Nós temos o dia da beleza e também o dia do brechó, que são os que mais fazem sucesso!”, relata a Enfermeira de Internação Pediátrica, Rita Godoy, que está atualmente como responsável pelo GAF.

 A dona de casa, Susana dos Santos vem ao hospital com frequência há quase cinco anos, como acompanhante de sua filha, Hassana dos Santos Dias Ávila. Hassana nasceu com microcefalia e tem o diagnóstico de diabetes insipidus (é o distúrbio no metabolismo de sal e água, marcado por sede intensa e vontade excessiva de urinar), e é internada todos os anos no HCPA desde os seus dois meses de idade. Moradoras de Pelotas, elas acabam ficando longe da família e Susana é a única que pode acompanhar a filha. “Para nós, mães com os filhos nessas condições, o grupo de apoio do hospital é o único que nós temos. Recebemos apoio psicológico, podemos tirar um tempinho para nós, como foi hoje. Foi muito bom, eu gostei muito!”

O GAF existe há cerca de 20 anos e é formado por uma equipe multidisciplinar que vai desde enfermeiras à pedagogas. O objetivo é oferecer momentos de descontração para quem acompanha os pacientes pediátricos do hospital. “Todas as terças nós desenvolvemos atividades específicas para os familiares. Ali é a hora em que eles podem se descontrair, tem o dia do cinema, o dia do brechó, o dia da beleza, e sempre tem o coffee break, que é feito com a doação de um bolo da Casa Bolo”, explica a enfermeira de Internação Pediátrica, Rita Godoy. 

São inúmeros familiares que acompanham crianças e adolescentes internados no HCPA, em sua maioria mães e avós, que também precisam de cuidados.  Por isso buscamos dar estes momentos de leveza para que elas consigam cuidar de si para continuar dando o suporte para aqueles que precisam.