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Com a participação da secretária adjunta da Cultura do Rio Grande do Sul, Gabriella Meindrad, e do professor da UFRGS Daniel Canavese, o Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão do HCPA promoveu, nesta quinta-feira (18), o encontro “Conversando sobre diversidade de gênero”. A iniciativa, voltada ao público interno, integra a programação de ações alusivas ao Dia Internacional de Combate à LGBTfobia (17 de maio), que contou também com entrega de mensagens de conscientização contra o preconceito e a discriminação. 

“Esse é um processo contínuo que vai se desdobrando em várias atividades e ações, que são alusivas às datas e que seguiremos trabalhando para conscientizar as pessoas”, frisou  a professora Nadine Clausell, diretora-presidente do hospital, na abertura do evento. A atividade foi mediada pela assistente social Fernanda Guadagnin, integrante do Programa Transdisciplinar de Identidade de Gênero (Protig) do HCPA, que destacou a importância do evento para a instituição. 

Na sua fala, Daniel, que é membro do Grupo Temático de Saúde LGBTI+ da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e do Painel Consultivo sobre Pesquisas e Direitos Sexuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), fez uma retrospectiva de como a homossexualidade e a diversidade de gênero foram tratadas na história e os avanços obtidos nas últimas décadas. Ressaltou, contudo, que “o estigma e a discriminação estão umbilicalmente enraizados no nosso cotidiano. São passos que temos que dar para cortar o fio do preconceito”. Entre as atitudes que apoiam esse movimento, estão se posicionar diante de falas preconceituosas e adotar uma linguagem que não reforce a violência de gênero, reconhecer e respeitar as diferenças e não propagar fake news sobre o tema.

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Trazendo sua experiência pessoal como mulher trans, Gabriella falou sobre a importância do suporte e do acolhimento para quem não se identifica com seu gênero de nascimento, e do papel das famílias, das escolas e das instituições de saúde nesse processo. “Trabalhar essas datas, como o 17 de maio, reafirma o quanto precisamos ser ouvidos, o quanto as demandas são latentes e têm que ser tratadas como uma política pública, para que seja dado um tratamento mais transversal de acolhimento à saúde, educação, promoção da cidadania e de acesso ao trabalho”, afirmou. Ela acrescentou que, enquanto pessoa trans, ocupar um cargo como o de secretária adjunta dá visibilidade e abre oportunidades para outras pessoas. 

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Complementando o encontro, houve a projeção de artes produzidas por pacientes do Protig, alusivas ao combate à LGBTfobia. O evento pode ser conferido na íntegra no canal do HCPA no Youtube ou clicando aqui.