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A revista científica da organização norte-americana de medicina do trabalho, intitulada Journal of Occupational and Environmental Medicine e uma das principais dessa área no mundo, publicou pesquisa desenvolvida no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) que avaliou a qualidade de vida de profissionais da saúde após a infecção por covid-19. O estudo diferencia-se por abranger pessoas de todas as áreas da instituição, e não apenas as das áreas assistenciais, e que tiveram diferentes formas da doença, incluindo as leves. 

O levantamento apontou que 36,2% dos 289 participantes foram diagnosticados com síndrome pós-covid 19 seis meses após a doença, demonstrando a sua alta frequência e que houve deterioração significativa na qualidade de vida relacionada à saúde entre os profissionais que tiveram covid. “O estudo destaca a necessidade de fazer o acompanhamento de longo prazo, em muitos casos de forma multidisciplinar, após a infecção. Isso permite identificar a necessidade de intervenções precoces para os sintomas que permanecem após a infecção aguda”, afirma Karen Gomes D’Ávila, autora do trabalho e chefe da Unidade de Medicina do Trabalho do HCPA.

O artigo Decrease in Health-Related Quality of Life and Post–COVID-19 Syndrome in Health Care Workers After SARS-CoV-2 Infection: A Cohort Study foi produzido por Karen sob orientação da professora do Programa de Pós-Graduação em Pneumologia da UFRGS Denise Rossato Silva, com a participação de membros do seu grupo de pesquisa. São eles Fábio Dantas, chefe do Serviço de Medicina Ocupacional (SMO), Luciana Rott Monaiar, médica do SMO, Lia Dias Pinheiro Dantas, Alana Ambos Freitas, Marcelle Martinez Loureiro e Renan Rangel Bonamigo, professor da UFRGS.

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