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Em um hospital, um dos desafios no enfrentamento da pandemia é contar com recursos humanos qualificados. Outro é manter os profissionais saudáveis e aptos para realizarem suas atividades. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o Serviço de Medicina Ocupacional (SMO) é o responsável por cuidar de quem cuida da população e atingiu, em janeiro, a marca de 12 mil atendimentos na unidade dedicada à covid.

Até o momento, foram testados 4.340 diferentes funcionários, com 9.200 coletas de exames relativos ao coronavírus que confirmaram 1.406 casos positivos. Há funcionários que foram atendidos mais de uma vez.

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Mesmo com o grande volume de atendimentos, dentre componentes da equipe do SMO Covid, apenas uma pessoa foi infectada, mas a investigação mostrou que a doença foi adquirida fora do hospital.  O chefe do SMO, Fábio Dantas Filho,  explica que diferentes estratégias foram adotadas para proteger as equipes. “Esse resultado só foi possível graças à coesão, rigidez nos protocolos assistenciais e uso correto de EPIs. Conseguimos agregar profissionais de outros setores que auxiliaram em momentos de maior demanda em atendimentos presenciais e teleatendimentos, todos recebendo qualificação sobre nossas rotinas”, ressalta.

A partir de agosto, começaram a ser realizados também teleatendimentos aos colegas de hospital.  “A estratégia de consulta remota qualificou o nosso trabalho. Através dela, passamos a registrar, afastar e orientar trabalhadores sem sintomas, mas que residem com familiares que adoeceram. Além disso, foi possível otimizar o registro e o acompanhamento de profissionais que faziam diagnóstico em outros locais, como farmácias ou pronto-atendimentos. Hoje, a maior parte das orientações a quem está sob suspeita de infecção é realizada através do teleatendimento, ajudando a prevenir que mais colegas sejam infectados, e permitindo uma atenção qualificada a quem está doente”, acrescenta  Dantas.