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Realizar um transplante é algo extremamente complexo. Requer profissionais altamente especializados, equipes treinadas para agir em conjunto e uma considerável estrutura hospitalar. Realizar três transplantes, de coração, fígado e pulmões, quase simultaneamente em uma mesma manhã, em diferentes pacientes, demanda ainda mais: exige instituições como o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Para realizar os procedimentos com segurança, um dos desafios é a organização. A equipe de Enfermagem é a responsável por garantir que as cirurgias aconteçam em sincronia entre todas as equipes. Para o caso em questão, a agenda do Bloco Cirúrgico teve de ser inteiramente alterada. “Corremos contra o relógio para acertar tudo, organizando, minimizando riscos e buscando a máxima segurança para os pacientes”, explica a professora Ana Karina Tanaka, que chefia o Serviço de Enfermagem em Centro Cirúrgico.

Os transplantes envolvem diversos setores do hospital, como Banco de Sangue, CTIs, Imunologia e tantos outros. São dezenas de profissionais atuando diretamente e centenas indiretamente. Em 2019, o HCPA realizou 407 transplantes. O chefe do Serviço de Transplantes, professor Roberto Manfro, ressalta que estrutura, organização, agilidade e competência das equipes são cruciais para que as cirurgias e os pós-operatórios imediatos desses transplantes complexos, mas já rotineiros em na instituição, ocorram com segurança e sucesso.

Responsável pela captação de órgãos, o professor Paulo Carvalho lembra que o processo de transplantes só ocorre após autorização das famílias.  “Não basta existir hospitais preparados e equipes transplantadoras disponíveis. Se não houver um doador e uma família suficientemente informada sobre a importância da doação de órgãos, a alternativa salvadora dos transplantes não poderá ser utilizada, e muitas pessoas que esperam em lista perderão a chance de sobreviver”. Ele lembra que é fundamental informar-se e discutir em casa sobre a doação de órgãos.

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