O transplante de medula óssea de um paciente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre correu o risco de ser cancelado por causa da chuva que assola o Estado. Mas, graças ao esforço do Hospital e da Central de Transplantes do RS, o procedimento está garantido.

O receptor da medula óssea, de 53 anos, já estava internado no HCPA para iniciar os procedimentos preparatórios. Por outro lado, o doador da medula, Lisânio Facco, irmão do paciente, mora no município de Estrela Velha, na região central. Ele precisava estar no Hospital de Clínicas nesta quinta-feira, 2, para iniciar a medicação que induz o crescimento das células-tronco antes da coleta e doação. Mas, em função das chuvas, as estradas que o trariam para a capital ficaram intransitáveis, impossibilitando a viagem. 

A primeira estratégia pensada pelas médicas Tahiane de Brum Soares e Liane Daudt, do Serviço de Transplante de Medula Óssea, foi enviar os remédios para o doador. Porém, como garantir que ele estaria em Porto Alegre no dia 6, data prevista para o transplante? A equipe então entrou em contato com a Central de Transplantes do Estado, e descobriu que um avião estaria levando um órgão para Passo Fundo, ainda na tarde do dia 1, e poderia esperar pelo doador para transportá-lo. Lisânio então iniciou a viagem para o município do norte do estado, enfrentando um trecho bem maior e o risco de deslizamentos que poderiam impedir a passagem. Ele chegou a Passo Fundo no início da noite, sendo trazido em segurança para a capital. A medicação foi iniciada e o procedimento está confirmado para segunda-feira (6).

Médica Thaiane e doador Lisânio Facco